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Não é justo viverem confinados.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Pai de santo e vereador do RS a favor de sacrifícios de animais, se lascam em programa da Rede TV

Texto do nosso amigo Gilberto Pinheiro
Terminou à meia-noite o programa SUPERPOP, conduzido pela Luciana Gimenez.
Como eu já havia antecipado, o assunto seria maus-tratos aos animais, com a presença de um jornalista, uma promotora de Justiça, além de uma representante de ONG mundial em defesa dos animais, todos favoráveis aos animais.
Do outro lado, o vereador Pedro Portillo, do Rio Grande do Sul, responsável por uma lei que permite o sacrifício de animais em rituais religiosos, e um pai de santo representando o Candomblé, Pai Guimarães.
Fiquei satisfeito pois os argumentos do vereador e do pai de santo foram sofríveis, tentando justificar o injustificável.  Determinado momento, o vereador contestado pela promotora de Justiça, interrompeu a fala da Drª, chamando-lhe de  "mal-informada". O desespero tomou conta do político, esquecendo que uma lei municipal não transcende lei federal. Aliás, quando não há argumento consubstanciado na razão, a regra é interromper a fala do oponente, confundindo, sem deixar concluir o raciocínio. Só que os defensores da matança esqueceram que estavam lidando com pessoas preparadas intelectualmente. O vereador estava nervoso, assim como o pai de santo gaguejava, quase chorando, afirmando que não é bem assim, etc...
Alegar que o artigo 5º da Constituição Federal garante a matança de animais é simplesmente afogar a razão, algo inimaginável, haja vista que a liberdade de culto exclui o extermínio de animais, pois todo animal é tutelado pelo Estado, no caso, a Federação.
O pai de santo totalmente perdido em seus argumentos, afirmava que não há maus-tratos em terreiros de Candomblé. Foi quando indagado pela defensora dos animais de como eram imolados os animais, caindo  em contradição, pois afirmou que matam naturalmente, usando o subterfúgio que aproveitam o animal para consumo.
Ação totalmente contestada pela defensora dos animais, pois todo animal para abate em abatedouros precisam ser sedados para não sentirem a morte e no Candomblé essa prática não existe.
O programa foi a um terreiro de Candomblé e lá encontraram peles de diversos animais. A jornalista responsável pela matéria acompanhou-se de uma defensora dos animais e uma autoridade, sendo o pai de santo preso por crime ambiental e maus-tratos aos animais. Ele matava animais para despacho ao preço de 1300 reais. Havia um papagaio preso - o papagaio parecia saber que estavam ali para libertá-lo e começou a agitar-se, emitindo sons. Foi salvo, graças a Deus.
Portanto, não há resquício de dúvida: animal sacrificado em ritual religioso é crime contra a vida. Contra a verdade não há argumentos.
Triste no final foi aparecer cenas de abandono de animais, quando carros pararam em uma estrada e largaram seus animais, deixando-os à mercê da sorte. Também mostrou um gato envenenado, sendo massageado por outro. Um cão "DR" visitando crianças em hospitais. O animal parecia entender que aquelas sofridas crianças gostavam dele e permanecia quieto, tranquilo, deixando que as mesmas lhe acariciassem.
E ainda dizem que os animais são...inferiores!!!
Foram comoventes as cenas, com a Luciana e promotora de Justiça derramando lágrimas de tristeza.
Eu já enviei e-mail à Luciana Gimenez parabenizando-a pelo ótimo programa e por ela colocar-se ao lado dos animais. Sugiro que os defensores e defensoras dos animais façam o mesmo.

Aos poucos os defensores dos animais estão modificando paradigmas.
A luta pacífica continua e jamais iremos esmorecer. Vamos, com certeza, unidos, enviar cartas e e-mails ao Congresso Nacional e ao Supremo Tribunal Federal para acabar definitivamente com a matança de animais em rituais religiosos, pois é impossível continuar com tanta brutalida de contra os indefesos animais.
Nossos somos a voz e a inteligência dos animais.
Vitória do bem!

A luz brilhará pela liberdade dos animais. Eu tenho certeza disso!
GILBERTO PINHEIRO

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